lua blanco agora é destaque na igirl!

A novela mexicana “Rebelde” chegou ao fim em 2006, mas vai ganhar versão brasileira, prevista para estrear em fevereiro de 2011 na Rede Record. Entre os nomes confirmados para viver os dramas adolescentes que conquistaram o público brasileiro estão Chay Suede, Micael Borges, Sophia Abrahão, Arthur Aguiar e Lua Blanco. “Ainda não começamos a gravar, nem temos personagens definidos, mas gostaria de viver Roberta por ser mais roqueirona e revoltadinha”, diz a atriz de 23 anos, também vocalista da banda de pop rock Lágrima Flor.

Carioca, afinadíssima e dona de longos cabelos loiros, Lua ficou mais conhecida por sua participação no musical “O Despertar da Primavera”, de Charles Moëller e Cláudio Botelho – nas montagens tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo. E apesar do sotaque arrastado de quem nasceu com o pé na areia, ela é de São Paulo. Mas a paixão pela natureza, não dá para esconder – a começar pelo nome. “Minha mãe achou criativo e original, mas não sou mística”, diz aos risos. Ela adianta ao iG Jovem informações sobre a novela – mesmo que não possa revelar muito! –, fala sobre sua família artística e a banda, que acaba de lançar seu primeiro disco. 

iGirl: Você assistia à versão original de RBD?Lua Blanco: Não, estou conhecendo agora. Vi alguns vídeos dos shows, fiquei sabendo que eles fizeram muito sucesso quando vieram aqui, mas não acompanhei.

iGirl: Como você foi parar na refilmagem?
Lua Blanco: Eu passei pelo processo de seleção normalmente, como todos os outros candidatos. Foram três baterias de teste, com cena, monólogo e canto. O terceiro teste já era só entre os finalistas. Não sei o número exato de quantas pessoas concorreram comigo, mas foram muitas.

iGirl: Você tem vontade de fazer algum personagem em especial?Lua Blanco: Eu queria fazer a Roberta. Ela é mais roqueirona, mais rebelde, mais revoltadinha e eu acho tudo isso mais interessante.

iGirl: Que músicas você escolheu para cantar nos testes?Lua Blanco: Nossa, nem lembro! Mas eram populares: uma da Beyoncé, outra da Sandy [risos]. Escolhi músicas que valorizavam a minha voz, deu para soltar uns agudos legais.

iGirl: Você já conhece os outros atores?
Lua Blanco: Já, os nomes já foram divulgados. Nós estamos fazendo preparação juntos, mas ainda não posso falar muito a respeito.

iGirl: Você acha que a versão brasileira vai fazer tanto sucesso quanto a mexicana?
Lua Blanco: Não tem como prever, porque sucesso é uma coisa muito abstrata. Só dá para saber na hora! Minhas expectativas para o Brasil é que o público abrace muito mais do que a versão original, porque vai ter a cara deles, vai ter aquele gostinho brasileiro.

iGirl: Você participou do musical "O Despertar da Primavera". Cantar na novela vai ser diferente?
Lua Blanco: Eu canto desde pequena e já passei por todas as modalidades. Vai ser diferente porque na peça é ao vivo e a novela vai ser gravada – a não ser que depois a gente faça shows. Gravado, eu tenho a oportunidade de fazer, refazer e deixar tudo certinho, dá para ser mais perfeccionista. Ao vivo, eu preciso estar 100% para acertar de uma vez. De qualquer forma, acho que vou gostar muito.

iGirl: Você pensa em fazer musicais depois de RBD?
Lua Blanco: Quero cantar e atuar a vida inteira, essa é a carreira que eu quero seguir. Não sei quais vão ser os meus projetos depois de “Rebelde”, mas estou aberta para qualquer trabalho que envolva canto e interpretação.

iGirl: Todos os seus irmãos têm nomes relacionados à natureza. Você é mística?
Lua Blanco: [risos] Não, eu fui criada cristã e meus pais seguiam a Bíblia. A questão dos nomes é só por minha mãe amar a natureza mesmo. Eles achavam criativo e original, mas não tem nada de místico. Somos em seis.

iGirl: São todos artistas?Lua Blanco: Todos, ninguém quis ser médico [risos]. Pedro Sol é cantor e já fez vários musicais do Charles Moëller: “Sete”, “Beatles Num Céu de Diamantes” e “O Despertar da Primavera”, no Rio de Janeiro. A Ana Terra está em “Malhação” agora, como a personagem Anjinha. A Estrela também estava em “O Despertar”, tem uma banda de jazz/pop e faz shows no Humaitá [bairro da zona sul do Rio] toda semana. O Daniel [único que não tem nome ligado à natureza] toca bateria na banda dela, faz cursos de atuação e está fazendo testes para alguns filmes. A Marisol é a caçula e ainda está no colégio, mas é muito interessada em moda. Todo mundo está seguindo essa linha.

iGirl: Como você percebeu que sabia mesmo cantar e achou que valia a pena investir na carreira?

Lua Blanco: Na verdade, eu nunca decidi cantar. Meu pai é músico e pianista, minha mãe dá aulas de inglês, mas canta muito também. Eles nos criaram nesse ambiente musical e eu canto desde muito pequena, nem lembro quando comecei. A gente chegou a ter uma banda em família, a viajar e se apresentar em eventos até cada um procurar seu caminho. Foi quando eu entrei na faculdade e resolvi formar uma banda de pop rock com uns amigos.

iGirl: Você é muito vaidosa? Como costuma cuidar do seu cabelo?
Lua Blanco: [risos] Eu sou muito mais a favor da beleza natural, das coisas mais simples. Mas o maior cuidado que eu tenho é com o meu cabelo; ele quase passa da cintura. Então, eu preciso ter muito cuidado para que ele seja comprido e, ao mesmo tempo, saudável e bonito. São muitos cuidados, muitos cremes, muitas horas por dia penteando. Todo mundo fala: “Ai, que cabelo lindo!” E eu respondo: “Obrigada, mas dá um trabalho que você nem imagina”.

iGirl: Qual peça não pode faltar no seu guarda-roupa de jeito nenhum?
Lua Blanco: All Star! Eu tenho muitos [risos]. Gosto muito do estilo e ainda é muito confortável. Não costumo usar salto, então sempre que eu puder e o dress code permitir, eu uso.

iGirl: Se você pudesse fazer um Top 3 dos seus musicais preferidos, quais seriam?
Lua Blanco: Calma! Ai, que difícil... Eu diria “O Despertar da Primavera”, “Mamma Mia!” e... Eu gosto muito de “Hair”, mas acho que prefiro “O Fantasma da Ópera”.

iGirl: O que você costuma escutar e que, de certa forma, influencia o estilo do Lágrima Flor?
Lua Blanco: Na adolescência, eu escutava muito Avril Lavigne e gosto muito de Paramore. A banda tem muita influência de pop rock e música americana, porque a banda tem uma cultura muito enraizada na música internacional em geral. Adoro Coldplay, Keane, Fall Out Boy, Boys Like Girls e The Corrs – até por causa do violino. O guitarrista é muito fã do Bon Jovi... Enfim, cada integrante da banda contribui com um estilo.

iGirl: Você ajuda na composição das músicas?
Lua Blanco: Ajudo. A gente acabou de gravar um CD – antes de eu saber que participaria de “Rebelde”. Tem cinco ou seis faixas nesse disco que eu fiz em parceria com o André, o guitarrista. iGirl: Você disse que formou a banda com amigos da faculdade. Você estudou o quê?
Lua Blanco: Letras. Mas ainda não sou formada, estou quase acabando. Por causa do trabalho, eu tive que ir empurrando. Se Deus quiser, eu me formo logo!

iGirl: E você acha que fazer faculdade de Letras ajuda na hora de compor?
Lua Blanco: Com certeza! Muito da base de literatura, de escrita, de linguística vem do que eu aprendi em Letras. Na verdade, o que eu mais amo fazer são as letras das músicas, gosto muito de escrever. Tudo isso foi uma bagagem que eu acumulei durante o curso.

iGirl: Você mora no Rio de Janeiro ou em São Paulo?
Lua Blanco: Eu fiquei em São Paulo na época do “Despertar”, mas voltava toda semana. Agora estou no Rio de novo.

iGirl: Quais são seus lugares preferidos nas duas cidades?
Lua Blanco: Meu lugar preferido no Rio é a Prainha. Como eu sempre estou ocupada, nunca vou para lá, mas é um dos meus lugares preferidos mesmo assim. Eu também adoro a Lagoa [Rodrigo de Freitas], acho ma-ra-vi-lho-sa e fico sempre encantada quando vejo. Gosto muito de natureza, de cinemas e livrarias. Aliás, fico feliz toda vez que passo por uma esquina do Leblon. Não é um lugar específico, mas criei uma relação afetiva. A casa que alugaram para o elenco do “Despertar”, em São Paulo, ficava em frente a uma bagueteria 24 horas, chamada Santa Efigênia. Tenho muitas memórias boas na época da peça. Também gosto da Hotseria, na Augusta, e o Parque do Ibirapuera, onde eu corria de manhã. O importante não é o lugar ser bom, mas as memórias.