Os protagonistas da novela Rebelde, da Record, não pretendem substituir os mexicanos, mas estão se preparando muito para dar conta do recado
Começo de novela é sempre tenso, porque nunca se sabe se será um sucesso. Multiplique a tensão por dois, já que a nova trama da Record é a versão brasileira do furacão Rebelde, da Televisa, que movimentou, em apenas um ano, R$ 350 milhões em produtos relacionados à marca no Brasil. Isso sem contar que alçou Anahí, Dulce María, Alfonso Herrera, Christian Chávez, Christopher Uckermann e Maite Perroni ao posto de ídolos de uma geração.
Já deu pra sentir que a pressão é gigante em cima dos novos rebeldes, né? Mas Sophia Abrahão, Lua Blanco, Micael Borges, Chay Suede, Arthur Aguiar e Melanie Fronckowiak tentam não pensar nisso no momento. "Estamos focados, estudando, ensaiando e com o máximo de competência. Ninguém está escorado no sucesso da versão mexicana", conta Melanie, que ficou imersa por dois meses, com os colegas, em workshops de preparação.
Vocês viram a versão mexicana?
Melanie: Não. Fica na cabeça a construção do personagem daquela maneira e isso não é bacana. Não vamos imitar ninguém...
Arthur: É, queremos dar a nossa visão. O Diego e a Roberta até seguem a mesma linha, mas os outros são bem diferentes.
Chay: Sabia que eu conheci a Dulce María dentro da casa do Ídolos 2010? Mas na época não sabia que faria Rebelde.
Alguns de vocês cantavam, outros apenas atuavam... qual foi a maior dificuldade para cada um?
Chay: Dançar é um desafio terrível! Mas faz parte do processo e é muito interessante poder agregar isso tudo num trabalho.
Sophia: Exato! Por isso foi bom ter esses workshops antes, para homogeneizar o grupo. Cada um de nós tem uma bagagem de experiências bem diferentes.
Lua: É, é legal pensar que sairemos profissionais completos.
Foram dois meses de workshops muito intensos, não?
Melanie: A nossa vida tá mudando muito. Esse tempo em que ficamos “ilhados” foi bacana para se sentir mais à vontade.
Sophia: Foram meses muito focados. Começar a gravar do nada é perigoso, então, foi bom terem protegido a gente. Eram oito horas diárias de estudo. Tivemos aulas de interpretação com Roberto Bomtempo, preparação corporal com Fernanda Guimarães e vocal com Tuti Bae.
Chay: Estávamos cercados de bons profissionais. E isso dá uma segurança danada!
Então, a preparação foi fundamental para encontrar os personagens?
Lua: Quando você vê uma novela, não entende por que o ator precisa de preparação. Mas, se não estivermos nos movimentando, emburrecemos. Esses dois meses deram segurança para irmos para a cena mais tranquilos. E nos uniu! Como diz o diretor Ivan Zettel, o único lugar em que a palavra "sucesso" vem antes de “trabalho” é no dicionário.
Micael: A gente só vê esse tipo de trabalho de ator no cinema! Fico muito feliz de ver o quanto o Chay mudou. Hoje ele é um ator! Imagina se ele chegasse e já mandassem gravar? Ficaria perdido!
E vocês se deram bem logo de cara?
Arthur: Muito! A gente já se entende no olhar! É sintonia mesmo, fruto dessa oficina.
Lua: E dá para notar o resultado: a galera que está entrando agora na novela não tem essa tranqüilidade que a gente conquistou... O grupo que vamos montar na trama se baseará nessa cumplicidade que a gente criou.
Os personagens de vocês ganharam toques bem brasileiros?
Melanie: Cada um está colocando as suas especiarias. Carla é forte, colorida, expressiva...
Sophia: Chegar ao nível deles é um motivo a mais pra gente se esforçar. Mas vamos colocar o nosso samba, a nossa bossa... O objetivo é que a novela seja exportada, como a mexicana.
Assim como o RBD, terá um grupo musical que sairá da novela?
Sophia: Tomara! Mas isso o público é que vai dizer!
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